quarta-feira, 30 de maio de 2012

É verdade que mulheres ficam bebadas mais rápidos que os homens?


A resposta dessa pergunta é sim. Mulheres ficam embriagadas mais rápido que homens. Pesquisas foram feitas para provar isso, foram escolhidos homens e mulheres com doses ajustadas para seus respectivos pesos corpóreos e idades, e o resultado encontrado foi que a mulher apresentava maior concentração de álcool diluído no sangue, ou seja, ficavam embriagadas mais facilmente.
            Isso se deve porque homens e mulheres são muito diferentes metabolicamente, homens tendem a ter um metabolismo mais acelarado, enquanto mulheres tendem a ter mais tecido adiposo e menos concentração de água. Durante o ciclo menstrual,seu metabolismo é diferenciado principalmente pela diferença de concentração da enzima desidrogenase alcoólica.A metabolização do álcool se da seguinte forma: O álcool tem sua maior parte degradada pela enzima desidrogenase (ADH), que transforma o etanol em acetaldeído que é oxidado a partir da enzima aldeído desidrogenase(ALDH), que atua no estomago, e se transforma em acetato, que é entao convertido em acetil-CoA pela enzima acetase-CoA Ligase. A diferença entre homens e mulheres esta na concentração da enzima aldeído desidrogenase, que nas mulheres é menor, então mais álcool é abosorvido pelo sangue.
            Pesquisas também mostraram que as mulheres tem uma chance maior de apresentar alcoolismo crônico e algumas doenças como doenças do figado, no coração, acelera o processo de osteoporose e o consumo de álcool durante a gravidez pode trazer consequencias para o feto, como: anomalias, má formação genética e às vezes, dependendo do nível de álcool ingerido, a morte do feto.

Bibliografia:

Larissa Lopes Moreira

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O álcool e a sociedade


O álcool consiste em um composto orgânico largamente utilizado no dia-a-dia nos mais diversos âmbitos e mercados: atua como combustível, esterilizante, solvente, além de ser o componente principal das bebidas alcoólicas.
A origem do álcool remete a tempos muito antigos. Sabe-se que as civilizações mais primitivas já desenvolviam a fermentação da fruta, conseguindo produzir um leve efeito intoxicante. Nas diferentes civilizações, o consumo do álcool passou a assumir particular saliência a partir da revolução neolítica, período no qual as técnicas de fermentação e tecnologias para extração de propriedades de cereais (utilizados na preparação das bebidas destiladas) intensificaram a gama de oferta do produto. No entanto, existem muitos aspectos culturais no qual o álcool, através das gerações, conseguiu grande aderência, até o tempo cosmopolita. Logo, trata-se de um produto global, desde razões de sociabilidade e lazer até culturais e religiosas, como observa-se na cultura chinesa, no hinduísmo, bantu e até mesmo no Cristianismo.
A partir desse blog, pretendemos analisar os aspectos da enorme difusão deste composto em nossa sociedade,relacionando-os com a bioquímica. Atualmente, dados oficiais da OMS relatam que, no mundo, 11,5% dos consumidores de álcool bebem em excesso semanalmente. Estima-se que pelo menos 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo morrem por ano devido ao consumo inadequado de bebidas alcoólicas; dados ainda mais alarmantes apontam o Brasil como o 4º maior consumidor de bebidas alcoólicas de toda a América Latina. Logo, pretendemos observar as razões deste composto ter se difundido de forma tão homogênea em nossa sociedade, além de, sobretudo, observarmos os efeitos químicos que este causa em nosso organismo, como se tornou responsável por doenças do sistema cardiovascular, digestório, e como conciliar consumo com qualidade de vida, sem danos irreparáveis ao organismo.
Aspectos como os efeitos do álcool no sistema nervoso humano, sua atuação depressora,  que o levam a ser considerado um grande desinibidor social; as características de obtenção do álcool para produção das bebidas alcoolicas além das transformações de oxidação, obtenção de combustíveis, dentre muitas outras, presente em nosso dia-a-dia como consumidores, serão explicitadas em nossas postagens. Vale ressaltar também o mecanismo por trás de convenções sociais, muitas vezes desconhecidos pelas pessoas, como a produção do teste do bafômetro, as características bioquímicas que levam a conhecida ‘’ressaca’’, dentre outros.
O projeto do blog da bioquímica do álcool é um trabalho da matéria de Bioquímica da Universidade de Brasilia, realizado pelos estudantes do primeiro semestre: Débora Vaz, Gizelia Barros, Larissa Lopes, Laryssa Mayara e Mateus Ribeiro. Esperamos sanar curiosidades e dúvidas além proporcionar aos leitores uma conscientização de um consumo adequado. Aproveitem e dúvidas/sugestões serão muito bem recebidas.

                                                                             Grupo da Bioquímica do Álcool

Referências Bibliograficas:
Alcool e Drogas na Historia do Brasil - Henrique Carneiro. 
Toxicómanos e Suas Familias - Pierre Angel
Selvagens Bebedeiras - Álcool, Embriaguez e contatos Culturais - João Azevedo