O álcool
consiste em um composto orgânico largamente utilizado no dia-a-dia nos mais
diversos âmbitos e mercados: atua como combustível, esterilizante, solvente,
além de ser o componente principal das bebidas alcoólicas.
A origem do
álcool remete a tempos muito antigos. Sabe-se que as civilizações mais
primitivas já desenvolviam a fermentação da fruta, conseguindo produzir um leve
efeito intoxicante. Nas diferentes civilizações, o consumo do álcool passou a
assumir particular saliência a partir da revolução neolítica, período no qual
as técnicas de fermentação e tecnologias para extração de propriedades de
cereais (utilizados na preparação das bebidas destiladas) intensificaram a gama
de oferta do produto. No entanto, existem muitos aspectos culturais no qual o
álcool, através das gerações, conseguiu grande aderência, até o tempo
cosmopolita. Logo, trata-se de um produto global, desde razões de sociabilidade
e lazer até culturais e religiosas, como observa-se na cultura chinesa, no
hinduísmo, bantu e até mesmo no Cristianismo.
A partir
desse blog, pretendemos analisar os aspectos da enorme difusão deste composto
em nossa sociedade,relacionando-os com a bioquímica. Atualmente, dados oficiais
da OMS relatam que, no mundo, 11,5% dos consumidores de álcool bebem em excesso
semanalmente. Estima-se que pelo menos 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo
morrem por ano devido ao consumo inadequado de bebidas alcoólicas; dados ainda
mais alarmantes apontam o Brasil como o 4º maior consumidor de
bebidas alcoólicas de toda a América Latina. Logo, pretendemos observar as
razões deste composto ter se difundido de forma tão homogênea em nossa
sociedade, além de, sobretudo, observarmos os efeitos químicos que este causa
em nosso organismo, como se tornou responsável por doenças do sistema
cardiovascular, digestório, e como conciliar consumo com qualidade de vida, sem
danos irreparáveis ao organismo.
Aspectos como
os efeitos do álcool no sistema nervoso humano, sua atuação depressora, que o levam a ser considerado um grande
desinibidor social; as características de obtenção do álcool para produção das
bebidas alcoolicas além das transformações de oxidação, obtenção de
combustíveis, dentre muitas outras, presente em nosso dia-a-dia como consumidores,
serão explicitadas em nossas postagens. Vale ressaltar também o mecanismo por
trás de convenções sociais, muitas vezes desconhecidos pelas pessoas, como a
produção do teste do bafômetro, as características bioquímicas que levam a
conhecida ‘’ressaca’’, dentre outros.
O projeto do
blog da bioquímica do álcool é um trabalho da matéria de Bioquímica da
Universidade de Brasilia, realizado pelos estudantes do primeiro semestre:
Débora Vaz, Gizelia Barros, Larissa Lopes, Laryssa Mayara e Mateus Ribeiro. Esperamos
sanar curiosidades e dúvidas além proporcionar aos leitores uma conscientização
de um consumo adequado. Aproveitem e dúvidas/sugestões serão muito bem
recebidas.
Grupo da Bioquímica do Álcool
Referências Bibliograficas:
Alcool e Drogas na Historia do Brasil - Henrique Carneiro.
Toxicómanos e Suas Familias - Pierre Angel
Selvagens Bebedeiras - Álcool, Embriaguez e contatos Culturais - João Azevedo
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