A alcoorexia ou drunkorexia (“drunk”, bêbado, em inglês) é a ingestão
de bebidas alcoólicas em substituição à alimentação. Mesmo sem ter sido
considerado ainda uma doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o
fenômeno mostra a relação com álcool de pessoas que sofrem de distúrbios
alimentares.
Esse fenômeno acontece quando uma pessoa preocupada obsessivamente com
o seu peso passa a consumir bebidas alcoólicas para substituir a comida, o álcool anestesia emoções como frustração, ansiedade
e no caso da drunkorexia, reduz o apetite, isso ocorre porque o etanol age
diretamente no sistema nervoso central afetando diversos neurotransmissores,
entre eles, o GABA (ácido gama-aminobutírico) e os opióides endógenos.
O etanol interage com os receptores do GABA fazendo com que haja uma
potencialização da abertura dos canais de cloro, assim as células ficam mais
difíceis de despolarizar. O sistema GABAérgico estende-se ao Hipotálamo, e
ações neste local explica as mudanças comportamentais. Os opióides endógenos
são divididos em Beta endorfinas, Encefalinas e Dinorfinas. O sistema que mais
sente o efeito do álcool é o sistema Beta-endorfinas que é estimulado, assim
produzindo os efeitos prazerosos do álcool como sensação de euforia, analgesia
(por agir de forma semelhante à morfina) e também reduzir a ansiedade. O etanol
também aumenta os níveis de beta opióides fazendo com que haja mais produção de
dopamina, promovendo maior sensação de prazer e sensação de motivação e também
estar por traz da dependência.
A doença vem sendo desenvolvida
por jovens do sexo feminino. O uso indevido de álcool por mulheres que sofrem
de distúrbios alimentares é maior do que pessoas que não apresentam os mesmos.
O álcool anestesia emoções como
frustração, ansiedade e no caso da drunkorexia, reduz o apetite, como explica o
psiquiatra do Hospital Albert Einstein, Dr. Hamer Palhares, “O álcool dá a sensação de perda de apetite
ou faz com que a pessoa durma, ao invés de comer. Além disso, a ansiedade é um
dos sintomas mais frequentes entre os pacientes de distúrbios alimentares e o
álcool cria a falsa idéia de aliviar o problema. Em médio e longo prazo, na
verdade, aumenta a ansiedade e pode gerar quadros depressivos” explica o
médico.
Um dos maiores problemas da alcoorexia é aumentar as chances de quem já
sofre de anorexia, desenvolva dependência ao álcool. Nas mulheres, o álcoolismo
se desenvolve mais rapidamente do que em homens, pois comparado a eles as
mulheres possui mais gordura e menos água, e para se diluir o álcool necessita
da água.
Sintomas
Os sintomas da alcoorexia, normalmente, são iguais ao da anorexia. Os
pacientes normalmente têm distorção da imagem corporal (podendo se achar gordos
mesmo quando são muito magros), indução ao vômito, exagero na quantidade de
exercícios físicos, uso de anfetaminas e laxantes, preocupação obsessiva com a
magreza e com a alimentação.
Se há uma suspeita da doença
na família deve-se conversar abertamente como o Dr. Hamer Palhares propõem. “A postura aberta geralmente é mais
produtiva. Se estiverem em dúvida, podem procurar a opinião de um médico. E nos
casos de necessidade óbvia de tratamento, caso o paciente se recuse a aderir, a
família deve procurar ajuda profissional e descobrir a ação mais adequada a ser
tomada”, explica.
Tratamento
O tratamento é integrado, considerando tanto a anorexia e uma possível
dependência alcoólica. Normalmente combina medicamentos (quase sempre
antidepressivos), apoio familiar, terapias cognitivo-comportamental e
frequência em grupos de mútua ajuda, como Alcoólicos
Anônimos (AA).
Acreditasse que a drunkorexia como outros distúrbios alimentares, é
fruto de fatores biopsicossociais com forte influência cultural. A sociedade
tem importo para as mulheres um padrão de beleza que só há espaço para pessoas
cada vez mais magras, o que cada vez mais se torna um inimigo para muitas
meninas.
Laryssa Mayara
Referencias bibliográficas
Achei bem interessante enfatizarem que acontece com mulheres kkkk isso é ridículo.
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