quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Uso do álcool na intoxicação por metanol.


         O metanol, também chamado de álcool metílico e hidrato de metilo, é um álcool de cadeia curtíssima, com sua fórmula química (CH3OH), encontrado na forma liquida. È um biocombustível altamente inflamável, e sua obtenção mais comum são através dos gases de síntese (gás natural) como os gases de origem fóssil, e também pela destilação destrutiva da madeira e no processamento da cana-de-açúcar.
Após sua produção, o Metanol é bastante usado, em larga escala, como solvente em indústrias químicas, pois é bastante eficaz na dissolução de alguns sais, é também bastante utilizado na indústria farmacológica na produção de vitaminas e hormônios e utilizado na produção de biodiesel. Pode ser encontrado em algumas bebidas alcoólicas, porem em quantidades insignificantes que outros componentes da bebida. Isso ocorre porque este álcool é produto secundário na fermentação, e no caso de algumas frutas como a uva pode haver maior concentração, esse fato ocorre por causa da quantidade de pectinas metioxiladas e de enzimas pectinas-metiolesterase no qual sua função consiste em retirar os grupos metixol da pectina e que também aumenta a concentração do metanol.













Por ser um composto de alta solubilidade em água e ter uma grande afinidade por lipídeos, o metanol é facilmente absorvido pelo organismo e acumula-se em tecidos ricos nestes componentes como sangue, músculos e olhos. O metanol em si tem uma toxicidade baixa, mas os produtos aldeído fórmico e o ácido fórmico, produzido na reação catalisada pela enzima álcool-desidrogenase hepática, são extremante tóxicos, ocasionando acidose metabólica (excesso de acidez no sangue por uma concentração baixa anormal de carboidratos), lesões oculares, degeneração parenquimatosa do fígado, coração e rins, enfisema e disfunções cerebrais progressivas, podendo ocorrer necrose pancreática.

A intoxicação por metanol no ser humano está relacionada à quantidade ingerida, que pode variar de 20 ml a 60 ml e os sintomas variam de dor de cabeça, náuseas, vômitos e em altas concentrações cegueira e morte. Antigamente o tratamento para a intoxicação era feito a base de álcool etílico, geralmente uísque, pois o etanol possui alta afinidade pela enzima que oxida o metanol (neste caso a enzima álcool-desidrogenase) sendo os dois alcoóis oxidados pela mesma enzima, ocorrendo inibição por competição e também porque o etanol liga-se muito facilmente ao ácido fórmico, principal metabólito do metanol, excretando-o mais facilmente.

Para ter o efeito desejado, o paciente tem que ser levado ao efeito de embriaguez, aproximadamente 4 doses de 45 ml de uísque. Atualmente, esse método vem sendo pouco utilizado, por causa dos avanços farmacológicos utilizam-se fomepizol um antagonista competitivo da desidrogenase lática, que e uma enzima que catalisa a conversão de lactato em piruvato, ela é liberada quando a um dano celular muito grande.

Laryssa Mayara
Referencia bibliográfica

Citocromo P450

        Em continuação a compreensão dos citocromos P450(CYP), o post explicara mais um pouco o que são estas enzimas, quais suas funções e seus mecanismos de ação. A família do citocromo P450 é um grupo grande e diverso de enzimas. Que constituem uma heme-proteína que agem no organismo como enzimas de diversas biotransformações


Mas como são formadas suas estruturas?
         Estas enzimas possuem sítios para juntar duas moléculas: uma de oxigênio (O2) no sitio heme da enzima e outra um substrato que se modifica e que se liga sobre o grupo heme. Como diferentes genes codificam diferentes formas do citocromo P450, os genes vêm sendo agrupados em diferentes famílias (números 1, 2, 3 etc.), subfamílias (letras A, B, C) e enzimas individuais (números 1, 2, etc.). Por exemplo, a enzima do citocromo P450 que ajuda a metabolizar o etanol utilizado de forma exagerada, a enzima CYP2E1.

Vimos que o citocromo P450 esta ligado à degradação do etanol pela ação do Sistema de Enzimas Microssomais Oxidativas (SEMO), mas por ser uma enzima molecularmente ativa assim o numero de substratos desta enzima é muito grande e exerce muitas funções importantes como: Função desintoxicadora, eliminando substâncias exógenas (que não são sintetizadas pelo próprio organismo) como o etanol, substâncias carcinogênicas (substancias que agrave ou sensibilize o organismo para o surgimento de um câncer) isso ocorre juntando-se grupos funcionais hidrossolúveis a compostos lipofílicos. Também exerce a função de metabolismo endógeno (degradação de substâncias produzidas pelo próprio corpo) como esteróides, sais biliares, vitaminas (A e D), etc. e em alguns organismos servem como mecanismos de defesas diante do ataque de alcalóides tóxicos de algumas plantas.

Mas como estas enzimas agem?
Primeiro junta-se o seu substrato ao citocromo férrico (fe3+). Um elétron é transferido ao átomo de ferro passando-o seu estado ferroso (fe2+) sendo esta transferência algumas vezes realizada pelo citocromo b5. Esta forma (fe2+) une-se a uma molécula de oxigênio (O2). Ocorre uma segunda redução, onde se agrega uma molécula de elétron alem de um próton. Neste intermediário uma molécula de água deixa o complexo (FeO)3+ que oxida o substrato diretamente.

Ao observar o citocromo P450 na membrana do reticulo endoplasmático (organela celular presente na maioria dos organismos vivos), vemos que os elétrons que estão envolvidos na oxidação dos substratos em função do citocromo P450 podem derivar de um NADPH (Fosfato de dinucleotideo de nicotinamida adenina) desde o citoplasma ou o citocromo se encontra na membrana.



Laryssa Mayara

Referencias bibliográficas:


Cerveja na hidratação de atletas

         Cientistas da Universidade de Granada, Espanha, junto com o Conselho Superior de Investigação Cientificas da Espanha (CSIC), aconselham os atletas a beber cerveja moderadamente.


Segundo o estudo “Idoneidade da cerveja na recuperação do metabolismo dos desportistas”, a cerveja permite recuperar perdas hídricas e as alterações do metabolismo tão bem quanto a água. Os seus componentes podem ajudar na recuperação do metabolismo hormonal e imunológico depois da pratica desportista de alto rendimento e também previne dores musculares. Isso ocorre porque a cerveja é rica em vitaminas do complexo B (B1, B2, B5, B6, B9, B12), o que ajuda muito no metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídios, sem contar no combate à anemia. Ferro, cálcio, flavonoides e potássio também fazem parte da composição da cerveja, o que ajuda na manutenção do sangue, fortalecimento dos ossos, antioxidantes poderosos e na contração muscular.

Seria recomendado, de acordo com os estudos, o consumo de três copos de 200 ml de cerveja por dia (ou de 20g a 24g de álcool) para homens e de dois copos para mulheres (10g a 12g de álcool), segundo os pesquisadores o volume é considerado moderado.  De acordo com as pesquisas a cerveja possui 95% de água e dentre as bebidas alcoólicas é a que apresenta o menos teor alcoólico, apenas 5%, um copo de 200 ml possui 90 calorias, o mesmo que um copo de suco de laranja.

Para chegar a estas conclusões os cientistas fizeram pesquisas com 16 atletas entre 20 a 30 anos em boa forma que consumiam cerveja habitualmente, não tinham hábitos tóxicos e nem um caso de alcoolismo na família. Os testes foram feitos em uma semana em baterias diárias de uma hora de corrida, em temperatura ambiente 35°C e duas horas de pausa para a hidratação. Nesta pausa os atletas intercalavam entre água ou cerveja (no máximo 660 ml) para a comparação dos resultados.

Depois dos testes o observado foi que, a cerveja conseguiu restabelecer as perdas hídricas de maneira tão eficiente quanto à água e sem nenhum prejuízo aparente. Os cientistas usaram alguns parâmetros como: composição corporal, imunológicos, endócrino-metabólicos e psico-cognitivos (coordenação, atenção, campo visual, tempos de percepção-reação, entre outros) e conseguiram comprovar que o álcool não atrapalha a atividade de hidratação. O estudo aponta que a cerveja contém alguns substratos metabólicos, que podem substituir algumas substâncias perdidas durante a prática desportiva como aminoácidos, minerais, vitaminas e antioxidantes, rica em flavonóides que combate os radicais livres, e tem grande presença do folato (uma das vitaminas do complexo B, também conhecido como ácido fólico) que ajuda na prevenção tumores no cólon, na bexiga e nos pulmões. Apesar da defesa os pesquisadores espanhóis afirmam que o consumo não pode passar de moderado, pois o excesso não é metabolizado pelo organismo, assim afetando o sistema nervoso central.

Mas nem todos concordam com a pesquisa como José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva, que afirma “Ela não traz nenhum benefício para atletas ou praticantes de atividade física, para exercícios com duração acima de uma hora, é importante a reposição de água, carboidratos e eletrólitos, substâncias encontradas em bebidas isotônicas.” E atividades com até 60 minutos, o especialista não hesita em recomendar bastante água.

Laryssa Mayara
Referencias bibliográficas:


segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Alcoorexia

       A alcoorexia ou drunkorexia (“drunk”, bêbado, em inglês) é a ingestão de bebidas alcoólicas em substituição à alimentação. Mesmo sem ter sido considerado ainda uma doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o fenômeno mostra a relação com álcool de pessoas que sofrem de distúrbios alimentares.

Esse fenômeno acontece quando uma pessoa preocupada obsessivamente com o seu peso passa a consumir bebidas alcoólicas para substituir a comida, o álcool anestesia emoções como frustração, ansiedade e no caso da drunkorexia, reduz o apetite, isso ocorre porque o etanol age diretamente no sistema nervoso central afetando diversos neurotransmissores, entre eles, o GABA (ácido gama-aminobutírico) e os opióides endógenos.
O etanol interage com os receptores do GABA fazendo com que haja uma potencialização da abertura dos canais de cloro, assim as células ficam mais difíceis de despolarizar. O sistema GABAérgico estende-se ao Hipotálamo, e ações neste local explica as mudanças comportamentais. Os opióides endógenos são divididos em Beta endorfinas, Encefalinas e Dinorfinas. O sistema que mais sente o efeito do álcool é o sistema Beta-endorfinas que é estimulado, assim produzindo os efeitos prazerosos do álcool como sensação de euforia, analgesia (por agir de forma semelhante à morfina) e também reduzir a ansiedade. O etanol também aumenta os níveis de beta opióides fazendo com que haja mais produção de dopamina, promovendo maior sensação de prazer e sensação de motivação e também estar por traz da dependência.
 A doença vem sendo desenvolvida por jovens do sexo feminino. O uso indevido de álcool por mulheres que sofrem de distúrbios alimentares é maior do que pessoas que não apresentam os mesmos.
 O álcool anestesia emoções como frustração, ansiedade e no caso da drunkorexia, reduz o apetite, como explica o psiquiatra do Hospital Albert Einstein, Dr. Hamer Palhares, “O álcool dá a sensação de perda de apetite ou faz com que a pessoa durma, ao invés de comer. Além disso, a ansiedade é um dos sintomas mais frequentes entre os pacientes de distúrbios alimentares e o álcool cria a falsa idéia de aliviar o problema. Em médio e longo prazo, na verdade, aumenta a ansiedade e pode gerar quadros depressivos” explica o médico.
Um dos maiores problemas da alcoorexia é aumentar as chances de quem já sofre de anorexia, desenvolva dependência ao álcool. Nas mulheres, o álcoolismo se desenvolve mais rapidamente do que em homens, pois comparado a eles as mulheres possui mais gordura e menos água, e para se diluir o álcool necessita da água.
Sintomas
Os sintomas da alcoorexia, normalmente, são iguais ao da anorexia. Os pacientes normalmente têm distorção da imagem corporal (podendo se achar gordos mesmo quando são muito magros), indução ao vômito, exagero na quantidade de exercícios físicos, uso de anfetaminas e laxantes, preocupação obsessiva com a magreza e com a alimentação.
Se há uma suspeita da doença na família deve-se conversar abertamente como o Dr. Hamer Palhares propõem. “A postura aberta geralmente é mais produtiva. Se estiverem em dúvida, podem procurar a opinião de um médico. E nos casos de necessidade óbvia de tratamento, caso o paciente se recuse a aderir, a família deve procurar ajuda profissional e descobrir a ação mais adequada a ser tomada”, explica.
Tratamento
O tratamento é integrado, considerando tanto a anorexia e uma possível dependência alcoólica. Normalmente combina medicamentos (quase sempre antidepressivos), apoio familiar, terapias cognitivo-comportamental e frequência em grupos de mútua ajuda, como Alcoólicos Anônimos (AA).
Acreditasse que a drunkorexia como outros distúrbios alimentares, é fruto de fatores biopsicossociais com forte influência cultural. A sociedade tem importo para as mulheres um padrão de beleza que só há espaço para pessoas cada vez mais magras, o que cada vez mais se torna um inimigo para muitas meninas. 
Laryssa Mayara  
Referencias bibliográficas

Álcool e o Sistema Nervoso Central

                   O álcool é um depressor do sistema nervoso central (SNV), causando mudanças de comportamento e até mesmo dependência, dependendo do seu uso. Os efeitos do álcool podem ser divididos em duas etapas: a primeira é quando estimula, causando euforia e desinibição; a segunda é quando deprime, causando descontrole, falta de coordenação e sonolência. O consumo de álcool também afeta neurotransmissores no cérebro, entre eles, o ácido gama-aminobutírico(GABA), glutamato e serotonina.

è GABA
É o principal neurotransmissor inibidor do SNC. Apresenta dois receptores: GABA-alfa e GABA-beta, sendo só o GABA-alfa estimulado pelo álcool, o resultado disso é uma inibição no cérebro, causando relaxamento e sedação do organismo e assim áreas responsaveis pelo movimento , memória são afetadas.
            Sabe-se que em um primeiro momento o álcool potencializa seus efeitos do GABA, elevando os efeitos inibidores mas em um segundo momento reduz o número de receptores GABA, é isso que explica a tolerância ao álcool ( para ter o mesmo efeito que o álcool dava antes, é necessário que o individuo aumente a ingestão de álcool).

è Glutamato
É um neurotransmissor excitatorio do cérebro, tendo um papel na mémoria e cognição. Quando ingerimos álcool ocorre uma alteração na ação sinaptica do glutamanto no sangue, o que reduz a neurotransmissão glutaminérgica excitatória.
Por causa dos efeitos inibidores sobre o glutamato, o consumo excessivo de álcool leva a um aumento dos receptores glutamatérgicos no hipocampo, que é a área da memória e crises convulsivas
Quando ocorre abistinência álcoolica os receptores de glutamato ficam extremamente ativos, podendo causar crises convulsivas e AVC’S.
O etanol reduz a neurotransmissao glutaminérgica excitatória, já em baixar concentrações o etanol é capaz de inibir a ação estimulante do NMDA. O NMDA (n-metil-D-aspartato) é um receptor que forma um canal para a passagem de íons de cálcio, sódio e potássio. O álcool interage com esse receptores NMDA, inibindo assim a ação de glutamato, consequentemente diminui o influxo de íons positivos para a célular, deixando-as com menos excitação.


Caminho do álcool até o cérebro.
O etanol é absorvido no trato gastrointestinal, sendo no estômago uma pequena parte abosorvida, atinge a concentração sanguínea em no máximo uma hora e depois as enzimas desidrogênase álcoolica que atuam no fígado acabando de oxidá-lo e transformando-o em aldeído acético, é no fígado que 90% das moléculas são quebradas em partes menores. Pelo sangue chega ao SNC, o álcool ja começa a ser absorvido pela corrente sanguinea logo que entra em contato com a mucusa bucal e é transportado para todos os tecidos que tenha muita concentração de água.
Álcool e direção
Como já dito o álcool tem ação depressora sob o SNC e sob as células nervosas o que diminui os impulsos nervosos e por essa ação depressora pode causar sonolência e desatenção no trânsito. No cerebelo e no sistema vestibular, áreas do cerébro, o álcool provoca má coordenação da fala, também conhecido como língua enrolada e é chamado de disartria  e também a perda de coordenação dos movimentos que é chamado ataxia,ocorre também visão dupla e oscilações envoluntárias dos olhos.
Quando o álcool chega ao cerebro via corrente sanguinea, estimula os neuronios a liberarem serotonina, um neurotransmissor, que troca as mensagens entre as células e serve para regular o prazer, a ansiedade. È dai que vem os primeiros primeiros efeitos do álcool. Quando o consumo de álcool contínua, outros dois neurotransmissores são estimulados. O álcool inibe a produção de glutamato, que regula o GABA, sendo assim, mais GABA é liberado para o cérebro e sendo a função deste neurotransmissor fazer os neuronios perderem parte de sua atividade, ocorre falta de coordenação.
No Brasil, cerca de 38,4% das pessoas que possuem carteira de habilitação e são consumidores de bebida álcoolica, fazem a mistura dos dois, infringindo a lei.

Já que o álcool é um depressor do SNC, por que nós ficamos mais animados no início do seu consumo?
            De início o etanol deprime os neuronios dopaminérgicos do sistema límbico, que inibem nossos sentimentos e emoções, logo a ação depressora do etanol sobre os neuronios inbidores leva a excitação, euforia. Continuando a ingeir álcool, outras áreas do cérebro são afetadas, essas com ação predominantemente excitatória, ai é que vem a inibição, sonolência.

Complicações causadas pelo álcool no SNC:
1)    Agudas: complicações a curto prazo
2)    Crônicas: Ingestão: complicações de longo prazo/ duradouras.

è Intoxicação álcoolica aguda
1)    Intoxicação Patológica: Logo após ingerir bebida álcoolica, o consumidor torna-se violento
2)    Blackout: É quando o indivíduo tem lapsos de memória do evento ou detalhes do evento que esteve consumindo álcool, achando que estava conscientemente normal
3)    Coma: o indivíduo aprensenta insuficiencia respiratoria, e é necessario atendimento médio, o coma pode levar até a morte.

O sistema nervoso central se dividi em encéfalo e medula.O encéfalo se divide em: cérebro, diencefálo, cerebelo e bulbo.
Bulbo ou medula oblonga: está em contato direto com a medula espinhal. È responsável pelas funções vitais como pressão sanguinea,  batimentos cardiacos. È considerado o centro cardio-respiratório. Regula as funções automáticas e atividades reflexas( tosse, espirro e deglutição)
Cerebelo: è responsavel pelo equilibrio, postura corporal,controle motor e sensorial. Possui substancia cinzenta e branca mais internamente.
Diencéfalo:  é formado pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. O hipotálamo é um dos principais responsáveis pela homeostase corporal e  regulação hormonal. Liga o sistema nervoso ao sistema endócrino, atuando na ativação de glândulas endocrinas. È pelo talámo que as mensagens sensoriais ( exceto o olfato) passam antes de chegar ao córtex cerebral. È uma região de substância cinzenta e é responsável pela retransmissão dos impulsos nervosos para o córtex cerebral.
Cérebro: è a porção principal do encefalo e do sistema nervoso. È formado por dois hemisferios cerebrais e sua camada mais superficial é chamada córtex cerebral.
-lobo frontal do cerebro: controle das emoções e agressividade
-lobo parietal: informações sensoriais envolvidas com sensações, como: calor, frio, pressao.
- lobo occipital:percepção da visão
- lobo temporal: percepção da audição
Córtex Cerebral: è constituido por massa cinzenta, que contém os corpos celulares dos neurônios. É responsável pelo pensamento, raciocínio, memória de longo prazo e nos processos de percepção sensorial.
Medula: internamente esta a substância cinzenta,onde estão localizados os corpos celulares de neurônios e mais externamente a subtância branca que é composta por fibras mielinizadas que levam as informações às partes superiores do SNC e trazem as respostas destinadas a orgão motores. Também está relacionada com os atos reflexos e recepções sensoriais.


                                                                Larissa Lopes Moreira



Consumo de álcool na gravidez


Ingerir bebidas alcoólicas durante a gravidez é altamente perigoso tanto para a mãe quanto para o feto, principalmente para este  porque ocorre uma troca de nutrientes entre o feto e a mãe através da placenta.  A gestante elimina duas vezes mais rápido o álcool do sangue que o bebê porque seus orgãos já estão formados e as enzimas já estão prontas para agir, isso força o feto a realizar tarefas que ainda não esta pronto para realizar. O fígado do bebê ainda está em formação e demora duas vezes mais para metabolizar o álcool, logo este permanece no organismo do feto por muito mais tempo do que no organismo da gestante, ocasionando problemas na sua formação e no desenvolvimento de outros órgãos.
Algumas consequências do consumo de álcool durante a gravidez são: aborto espontâneo, nascimento prematuro, problemas de comportamento, falta de crescimento, rosto desfigurado e retardo mental. Essas consequências dependem da quantidade de álcool ingerido e do período da gravidez em que foi consumido. Às vezes as consequências do contato do feto com o álcool podem aparecer mais tarde como: memória fraca, falta de concentração, raciocínio lento e dificuldade de aprendizagem. As doenças mais comuns são:

è Síndrome do álcoolismo fetal (SAF): consequência que ocorre no feto por consumo de álcool durante a gravidez e é irreversível. Suas características são: retardado no crescimento intra uterino, retardo no desenvolvimento neuro-psicomotor e intelectual, distúrbios do comportamento(como facilidade para se irritar e hiperatividade na infância), microcefalia, má formação do crânio, pés tortos, má formação cardíaca, maior vulnerabilidade a infecções e maior taxa de mortalidade neonatal. Segundo a OMS, a cada ano, 12.000 bebês no mundo nascem com a síndrome fetal do álcool.

*Os critérios mínimos para o diagnóstico da SAF são:
1.retardo de crescimento pré ou pós-natal;
2.envolvimento do sistema nervoso, atraso do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) e alteração do QI e do comportamento;
3.dismorfismo facial.
 Pelo menos dois sinais dos apresentados acima devem estar presentes: microcefalia, microftalmia e/ou fissura palpebral pequena, filtro nasal hipoplásico com lábio superior fino e hipoplasia de maxilar.

Todos já ouvimos falar em substância branca do cérebro do bebê, e é essa subtancia que é super sensível a ingestão de álcool feita pela mãe do feto, a substância branca é formada de fibras nervosas e é atravez dessas fibras que as informações circulam no sistema nervoso central. Quando a mãe consome álcool durante a gravidez a formação da substância branca nos lobos frontal e occipital do cérebro, podem ser alteradas.
Sabe-se que o álcool passa para o bebê atravez da placenta e também que o metabolismo do feto é mais lento porque ainda esta em formação, então sua metabolização e eliminação é mais lenta que no corpo da mãe, sendo assim o feto permanece com a concetração de álcool no seu corpo por muito mais tempo que a da mãe, afetando o seu desenvolvimento. O líquido amniótico fica cheio de álcool não-modificado e acetaldeído, isso porque as enzimas não estão prontas para conseguir metabolizá-lo. Pesquisas mostraram que o álcool provoca a criação/surgimento de radicais livres de oxigênio, que modificam proteínas e lipídeos da célula, o que aumenta a apoptose, prejudica a organogênese e inibe a formação de ácido retinóico que é responsavel pelo desenvolvimento embrionário. O acetaldeído e o álcool tem efeito sobre o crescimento celular. Acredita-se também que o álcool possa levar falta de oxigênio para o feto e retardo do crescimento intra-uterino porque provoca uma contrição  dos vasos sanguineos.
Não se sabe a quantidade que é permitida e que não afete a formação do feto, por isso, médicos recomendam  que as mães nao consumam nenhum álcool durante a gravidez e a amamentação.
Os orgãos do sistema nervoso central ainda estão em formação e como álcool chega rapidamente ao cérebro, pela corrente sanguínea,  os pesquisadores acham que a síndrome alcoólica fetal vem dessa má formação do sistema nervoso central. Observe cada  parte do sistema nervoso central, que é composta com encéfalo e medula espinhal.
O encéfalo se divide em: cérebro, diencefálo, cerebelo e bulbo.
Bulbo ou medula oblonga: está em contato direto com a medula espinhal. È responsável pelas funções vitais como pressão sanguinea,  batimentos cardiacos. È considerado o centro cardio-respiratório. Regula as funções automáticas e atividades reflexas( tosse, espirro e deglutição)
Cerebelo: è responsavel pelo equilibrio, postura corporal,controle motor e sensorial. Possui substancia cinzenta e branca mais internamente.
Diencéfalo:  é formado pelo tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo. O hipotálamo é um dos principais responsáveis pela homeostase corporal e  regulação hormonal. Liga o sistema nervoso ao sistema endócrino, atuando na ativação de glândulas endocrinas. È pelo talámo que as mensagens sensoriais ( exceto o olfato) passam antes de chegar ao córtex cerebral. È uma região de substância cinzenta e é responsável pela retransmissão dos impulsos nervosos para o córtex cerebral.
Cérebro: è a porção principal do encefalo e do sistema nervoso. È formado por dois hemisferios cerebrais e sua camada mais superficial é chamada córtex cerebral.
-lobo frontal do cerebro: controle das emoções e agressividade
-lobo parietal: informações sensoriais envolvidas com sensações, como: calor, frio, pressao.
- lobo occipital:percepção da visão
- lobo temporal: percepção da audição
Córtex Cerebral: è constituido por massa cinzenta, que contém os corpos celulares dos neurônios. É responsável pelo pensamento, raciocínio, memória de longo prazo e nos processos de percepção sensorial.
É principalmente durante o segundo mês da gestação que o sistema nervoso central do feto é formado. As enzimas do feto são imaturas, ocorrendo um acúmulo do ácido graxo ,FAEE- fatty acid ethyl esters, substância produzida na metabolização do etanol, esse ácido graxo se acumularia nos tecidos do feto e ajudaria na má formação.
è Alteração de peso: Bebês que tiveram contato com álcool durante seu desenvolvimento gestacional pesam menos que os bebês que não tiveram contato. Essa diferença é de aproximadamente 1,5 kg.

è Efeitos Relacionados aos Álcool (ERA): Os sintomas são parecidos com o SFA mas crianças com ERA apresentam uma melhor performace nos teste de inteligência.  Atinge um número maior de crianças e seus efeitos são menos severos. O ERA é de 3 a 5 vezes mais frequênte que o SFA. Apresenta 3 formas:

1)    Parcial: Somente alterações faciais e comprometimentos neurológicos.
2)    Malformações Congênitas: A criança apresenta uma ou mais anomalias congênitas, como: renal, esquelética, cardíaca e auditiva.
3)    Desordem Neuropsicomotoras: Déficits na capacidade de aprendizado, principalmente aritmética e no desenvolvimento sócio-emocional.

Biologia – volume unico 3ªedição- Armênio Uzunian e Ernesto Birner

                                                                     Larissa Lopes Moreira






domingo, 16 de setembro de 2012

Benefícios e Malefícios da Dieta Lipídica

    Olá pessoal! O post a seguir tratará de um dos assuntos mais discutidos entre médicos, nutricionistas e diversos especialistas da área da saúde: a ação maléfica e benéfica da ingestão de gorduras saturadas e insaturadas em conjunto com o perfeito funcionamento morfofisiológico do organismo humano.

                                        
       
    Desde o começo dos estudos  a cerca do tema elucidado no título do post, médicos e nutricionistas alegavam que o excesso de consumo de alimentos que continham alto teor de gorduras saturadas, como por exemplo: carne vermelha, manteiga, chocolates e queijos, em conjunto com a baixa ingestão de alimentos compostos de gorduras insaturadas, como: óleos de canola e girassol, peixes e azeite de oliva, causavam inúmeras doenças coronárias que tinham poder agravador com o decorrer do tempo. Uma explicação coerente e bioquímica para essa conclusão consiste na estrutura química destes compostos, onde a gordura saturada, composta por átomos de carbono e hidrogênio, possui em sua estrutura uma maior proporção de hidrogênios em relação à quantidade de carbonos, o que torna essa molécula mais sólida e de fácil ligação ao colesterol LDL. Esse agrupamento ao entrar na corrente sanguínea, acaba por obstruir a parede de vasos sanguíneos, causando lesões e doenças coronárias. Estudos mais recentes, porém, alegam que a presença de gorduras saturadas em uma dieta saudável agrega benefícios à saúde e não só malefícios como se acreditava durante muito tempo. A gordura saturada possui entre suas diversas funções a produção de hormônios sexuais, composição da membranas celulares e participação ativa no armazenamento das vitaminas D, E, K e A nas células.


    
    O excessivo consumo de álcool e consequente aumento de adiposidade corpórea



    O corpo humano necessita de energia para realizar diversas atividades cotidianas e para o funcionamento de funções basais do organismo. As fontes energéticas são conseguidas a partir da alimentação, onde proteínas, lipídios e principalmente carboidratos são oxidados nas células para fornecerem uma quantidade minima de energia.
    Ao se ingerir bebida alcoólica, também se consegue aproveitar energia a partir de seu metabolismo no corpo, porém a quantidade excessiva de álcool acomete uma maior acumulação de tecido adiposo não por sua constituição calórica, mas sim pelo processo bioquímico envolvido. Quando consumido em excesso e em curto prazo de tempo, o álcool metabolizado no fígado é transformado em acetaldeído e posteriormente em acetato, porém a grande quantidade de acetato a ser metabolizado acaba por inibir a queima de lipídios do organismo, pois há a queima preferencial de acetato, causando assim maior deposição de gordura no corpo.



               Bibliografia: http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx
                                     http://www.artevitastudio.com.br/alcool%20engorda.htm
             
                 Postado por: Débora Vaz.

sábado, 14 de julho de 2012

Vinho é saúde

          Estudos das Universidades de Milão, na Itália e Gothenburg, na Suécia, comprovam que o vinho pode ajudar a combater doenças degenerativas como a doença de Alzheimer (DA) e doenças cardiovasculares.

           
Ao ingerir de 250 a 500 ml de vinho por dia, reduz em 75% a chances de desenvolver a doença de Alzheimer. Isso ocorre porque no vinho tinto tem uma substância chamada resveratrol e polifenóis. O resveratrol pode eliminar os efeitos tóxicos da proteína associada a DA, o peptídeo Aβ1-42, peptídeo que formam placas chamadas de beta-amilóide prejudicial à saúde do cérebro, quanto aos polifenóis seriam responsáveis por evitar o envelhecimento das células cerebrais.

O vinho tinto também ajuda a diminuir 35% o risco de desenvolver doenças cardiovasculares, pois o vinho é composto de cerca de 400 substâncias, algumas aumentam o bom colesterol, evita a oxidação das células, reduz a formação de placas de gordura nas artérias, dilatar os vasos e melhorar a circulação. Essas que vem da polpa da uva, vitaminas do complexo B, vitamina C, flavonóides e minerais como potássio, cálcio, fósforo.

O beneficio do vinho não para por ai, os vinhos espumantes ajudam na digestão e nos processos antiinflamatórios, como o reumatismo, ate na luta contra a depressão. Por ter um baixo teor alcoólico e ser rico em potássio, magnésio e gás carbônico estimulam o apetite e melhora a digestão. Isso ocorre porque o corpo começa a produzir maior quantidade de enzimas digestivas na boca, estômago e duodeno (porção inicial do intestino). O efeito anti-reumático acontece porque substancias do espumante inibem a enzima ciclo-oxigenase, enzima responsável por desencadear os processos inflamatórios, atuante no reticulo endoplasmático das células.

No caso da depressão, a serotonina é um neurotransmissor que esta em baixa no organismo de pessoas depressivas, e nos vinhos espumantes há uma grande quantidade de tiamina (vitamina B1), precursora da serotonina (ajuda na transmissão dos neurônios) e também ajuda a aumentam a produção de dopamina o hormônio da paixão. Lembrando que em excesso, até a própria tiamina pode ficar comprometida com a absorção.

 Laryssa Mayara

Referencias Bibliográficas

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Combinar remédios e álcool, pode?

       Não pode! Mesmo com inúmeras informações e divulgação dos riscos dessa mistura, as pessoas ainda misturam remédios e álcool, e essa mistura pode ter efeitos severos e até mesmo causar a morte.
                            
*Quando o álcool potencializa o efeito do remédio?
            Ocorre quando as enzimas que metabolizam o álcool são as mesmas que metabolizam o remédio. Dessa forma, a enzima fica ‘ocupada’ metabolizando o álcool e com isso o remédio fica mais tempo na corrente sanguínea. Aumentando-se a produção de proteínas e o alongado tempo de exposição do indutor faz com que ocorra um aumento das vias metabólicas e que diminua a biodisponibilidade da droga. Rifampicina e Carbamazepina são indutores do CYP1A2, CYP2C9 e CYP2C19, que são isoformas do citocromo P450 que é um sistema enzimático largamente distribuído pelo corpo humano.

* Quando o álcool inibe a ação de um medicamento?
            Ocorre nas pessoas que já são consideradas bebedouras crônicas. Isso acontece porque o fígado está em constante ação, consequentemente ocorre um excesso de produção das enzimas hepáticas, logo, quando um medicamento chega no fígado as enzimas já estão prontas para metabolizá-lo, sendo assim elas são metabolizadas rapidamente e não tem tempo de ter seu efeito concluído. Estas enzimas podem permanecer no organismo por inúmeras semanas, mesmo cortando o consumo do álcool. O perigo do consumo dos remédios e álcool juntos é principalmente o fato do organismo ficar sobrecarregado, podendo prejudicar o seu funcionamento e causar doenças a longo prazo. Por muitas vezes a inibição também ocorre por disputa pelo mesmo sítio ativo da proteína, por no mínimo dois substratos. Uma consequência dessa inibição é o aumento da concentração plasmática e diminuição dos seus metabólitos. Cetoconazol e Itraconazol que são agentes antifúngicos, são inibidores da enzima protease e uns macrolídeos inibem a CYP3A.
Obs: CYP3A é uma isoforma do citocromo P450 que tem uma especificidade em um substrato.

*Quando o remédio aumenta o efeito álcool?
            Existem alguns medicamentos que inibem a produção de enzimas que metabolizam o álcool, assim sendo o álcool permanece mais tempo no organismo e tem sua metabolização prolongada e seus efeitos também.


Diabetes e o álcool
Antidiabéticos são remédios usados para o tratamento de diabetes. O uso com álcool pode causar hipoglicemia. Hipoglicemia é a falta de açúcar no sangue, se ainda houver álcool no fígado, este não produzirá glicose logo, ocorre a hipoglicemia, para evitar isso o aconselhável é ingerir álcool junto com algum alimento, assim o álcool vai ser absorvido retardamente. É o fígado que transforma carboidrato em glicose e esta glicose  jogada na corrente sanguínea, assim não ocorre a hipoglicemia. Quando ocorre o consumo de álcool, o organismo prioriza eliminar o álcool, em vez de produzir a glicose, é nessa hora que falta glicose na corrente sanguínea e ocorre a hipoglicemia. O diabético deve sempre medir a glicemia, antes, durante e depois da consumação para evitar complicações.

     
      A insulina é um hormonio produzido pelas células Beta que estão no interior do pâncreas e sua função é regular a concentração de glicose no sangue. No diabético mellitus há pouca ou nenhuma produção de insulina, logo a glicose não consegue penetrar no sangue. O álcool eleva a chance de ocorrer hipoglicemia principalmente em pacientes que utilizam remédios para produção de insulina ou para aumentar o seu efeito, isso porque o álcool inibe a gliconeogênese, que é a formação de glicose a partir de gordura, proteína ou outras substâncias/compostos quando ocorre um jejum de longo prazo.


Curiosidades: Combinação de álcool com outros remédios
     
          Antibióticos: Tratar infecções. Pouco consumo de álcool não afetará o efeito mas um consumo maior poderá provocar vómitos, dor de cabeça e ate mesmo, convulsão.
           Antidepressivos: Tratar depressão, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do pânico. Pode vir a aumentar a pressão arterial e diminuir o efeito do remédio.
           Analgésicos e anti-inflamatórios: Esses remédios tendem a irritar e dar um desconforto estomacal. Não é aconselhável misturar esse tipo de remédio com álcool.
           Ansiolíticos: Tratamento de ansiedade e insónia. A mistura de álcool com o benzodiazepínicos é a mais perigosa porque desencadeia sedação, falta de coordenação motora e prejuízo da memória, o que tem como consequência o risco de acidentes.
          Anticoncepcionais: Sua mistura com álcool não tem nenhum risco.
Sempre, antes de consumir remédios, deve-se procurar um médico para saber como, quando e se pode consumir álcool também, mas principalmente deve-se evitar o consumo dos dois juntos, para evitar danos ao organismo e dependendo da concentração da mistura, até mesmo a morte.
                  
Bibliografia:

                                                                                                                  Larissa Lopes