O que é?
Segundo o dicionário: Aparelho utilizado pela polícia
para constatar se o motorista dirige alcoolizado ou não. Quimicamente falando,
o bafômetro ou etilômetro, mede a concentração de álcool no sangue a partir do
ar exalado dos pulmões.O primeiro bafômetro foi criado em 1954 pelo médico
Robert Borkentein, em sua criação eram realizadas inúmeras misturas químicas com
várias soluções e a concentração era revelada pela análise da cor do líquido
gerado na reação. Atualmente, existem dois tipos de bafômetros mais comuns; um
utiliza dicromato de potássio, que muda de cor na presença do álcool, já o
outro utiliza célula combustível, que gera corrente elétrica, sendo este último
o mais utilizado no Brasil.
Como funciona o Bafômetro de Célula de
Combustível?
O bafômetro é constituído por dois
eletrodos, que na maioria das vezes é de platina, e entre eles um disco poroso
com eletrólito. Quando uma pessoa ingere álcool, parte deste álcool passa pelo
pulmão e quando está no pulmão parte atravessa os alvéolos, e a concentração de
ar nos alvéolos está relacionada com a
concentração de álcool no sangue.
Soprando em um canudo descartável, as moléculas de
oxigênio e de álcool entram em contato com a célula combustível, gerando-se uma reação de combustão incompleta e ficando
suas partes separadas. Dessa reação é gerado ácido acético, íons de hidrogênio
e elétrons. Logicamente, quanto maior a concentração de álcool, maior a
concentração de elétrons gerados. Esses elétrons geram uma corrente elétrica em
um fio condutor de grande sensibilidade. Depois disso, essa corrente elétrica é
identificada por um microchip que traduz a quantidade de energia gerada e
concentração de álcool e é esse valor que vemos no visor do bafômetro.
Curiosidades
Algumas pessoas acham que o
bafômetro é medido pelo hálito e utilizam algumas técnicas para tentar enganar.
Um teste feito pela revista super interessante da edição de agosto de 2008
mostrou essa curiosidade. Primeiro o repórter, de 1,95m e80kg, tomou duas taças
de vinho, o que dá aproximadamente 300 ml e soprou o bafômetro, que teve como
resultado 0,18ml/L, logo em seguida ele utilizou algumas ‘técnicas’ para
tentar driblar o bafômetro:
è Tomou azeite
O resultado também foi de
0,18 ml/L, o hálito foi disfarçado, mas a concentração alcoólica não mudou.
è Mascou chicletes
O resultado foi o mesmo do
azeite, a medida constatada foi de 0,18 ml/L e teve também somente seu halito
disfarçado.
è Colocou carvão ativado na boca
O resultado foi de 0,16 ml/
L. Isso porque o carvão é cheio de poros o que absorveria as moléculas de
álcool volátil na boca, antes que essas chegassem ao aparelho. Teve uma pequena
redução na concentração mas não o suficiente para driblar o bafômetro.
è Hiperventilação
Essa técnica baseia-se na
ação de inspirar e expirar o ar, repetidas vezes e com força e velocidade, por
cerca de 20 vezes. Dessa forma a concentração de oxigênio nos pulmões
aumentaria e a de álcool diminuiria. O resultado foi de 0,12 ml/L, redução de cerca
de 25% da concentração, mas para passar pelo bafômetro só seria possível se a
pessoa tivesse bebido uma tulipa de cerveja e nada mais porque é uma ação momentânea
e muito rápido.
Como
funciona o Bafômetro de dicromato de potássio?
O motorista sopra o bafômetro por cerca de 5
segundos e a reação irá começar se o motorista
tiver consumido bebida álcoolica. O ar expelido pelo pulmão do motorista entra
em contato com uma solução de dicromato de potássio e ácido sulfúrico. Se o motorista
tiver consumido álcool, as partículas de etanol vão reagir com o dicromato produzindo acetaldeído, íons de sulfato de cromo III e sulfato de
potássio. Então, a cor laranja passa para um tom de verde, mostrando assim que
o motorista consumiu álcool. É o íon de cromo III que dá a coloração voltada
para o verde, logo quanto mais íon de cromo III for formado, mais verde será a
cor apresentada.
Atualmente a lei seca diz
que o motorista que for pego com quantidade de 0,2 gramas de álcool por litro
no sangue pagará uma multa de R$957,00, terá o carro apreendido e a carteira
suspensa por um ano. Essa quantidade equivale mais ou menos a uma taça de
vinho. Motoristas que forem pegos com concentração acima de 0,6 gramas de
álcool por litro no sangue correm o risco de serem presos, com penas entre seis
meses a um ano de cadeia.
Bibliografia:
Minidicionário Sacconi da Língua Portugues –
editora atual
Larissa Lopes Moreira
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